{"id":33,"date":"2008-05-01T11:41:05","date_gmt":"2008-05-01T11:41:05","guid":{"rendered":"http:\/\/www.inospito.net\/?p=33"},"modified":"2018-02-17T11:51:34","modified_gmt":"2018-02-17T11:51:34","slug":"a-importancia-de-contar-uma-historia","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/www.inospito.net\/2008\/05\/a-importancia-de-contar-uma-historia\/","title":{"rendered":"A import\u00e2ncia de contar uma hist\u00f3ria"},"content":{"rendered":"
O S\u00e9rgio Veiga, criador do MapMyName<\/a>, fez uma apresenta\u00e7\u00e3o no takeoff em que falou da import\u00e2ncia de contar uma hist\u00f3ria. Ele deu o seu pr\u00f3prio exemplo do MapMyName que, apesar de n\u00e3o ter passado de uma experimenta\u00e7\u00e3o, teve bastante cobertura medi\u00e1tica porque conta uma hist\u00f3ria. O ser humano adora hist\u00f3rias, e tem uma tend\u00eancia irresist\u00edvel para as (re)contar vezes, sem fim, a todos os seus amigos. (mais info sobre o projecto<\/a>)<\/p>\n Fora dos c\u00edrculos geek, o software raramente se presta a boas hist\u00f3rias. As hist\u00f3rias ligadas ao software t\u00eam mais a ver com feitos tecnol\u00f3gicos (\u201do twitter \u00e9 a prova de que o RoR n\u00e3o escala!\u201c, etc.) do que propriamente com aquilo que caracteriza uma boa hist\u00f3ria: personagens com as quais nos identificamos, emo\u00e7\u00f5es, comunica\u00e7\u00e3o entre pessoas\u2026Ainda que alguns dos leitores deste blog gostassem mais de discutir porque \u00e9 que o twitter n\u00e3o escala, se eu estiver num jantar com pessoas \u201cn\u00e3o-inform\u00e1ticas\u201d tenho bastante mais sucesso se falar do MapMayName.<\/p>\n Um primeiro passo para uma aplica\u00e7\u00e3o se transformar numa hist\u00f3ria \u00e9 proporcionar uma experi\u00eancia. J\u00e1 falei nisto noutro post – n\u00e3o basta o software resolver um problema, o software tem que proporcionar bem estar \u00e0 pessoa que o usa, tem que lhe provocar emo\u00e7\u00f5es. As pessoas gostam de falar de experi\u00eancias, sejam elas o fim de semana de canyoning no Ger\u00eas, o restaurante onde n\u00f3s \u00e9 que pomos a mesa ou a pe\u00e7a de teatro onde n\u00e3o h\u00e1 cadeiras para nos sentarmos. S\u00e3o estas experi\u00eancias que criam as hist\u00f3rias. E as boas hist\u00f3rias passam de boca em boca muito mais rapidamente que qualquer campanha \u201cviral\u201d engendrada por um guru do marketing.<\/p>\n Por outro lado, h\u00e1 software que daria excelentes hist\u00f3rias mas como o seu autor n\u00e3o tem a capacidade de as comunicar de forma interessante, a coisa fica pelo caminho. Por natureza, os programadores n\u00e3o costumam ser bons comunicadores. Est\u00e3o habituados a comunicar numa linguagem formal, desprovida de sentimentos, com uma m\u00e1quina. De facto, as faculdades incentivam o \u201cdesaparecer 3 dias numa cave em frente a um terminal, para aparecer triunfante com o projecto acabado!\u201c. A atitude reinante \u00e9: Um bom programador faz bons programas, e para fazer bons programas n\u00e3o precisa de saber comunicar. Eu pensei assim muito tempo, e como sou uma pessoa t\u00edmida por natureza, andei bastante consolado com esta ideia. E iludido.<\/p>\n